Entenda a Diferença entre Aterro Sanitário e Lixão
Todo
vestibulando já está careca de saber que o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) dá muito valor para os diversos problemas ambientais da
atualidade, como por exemplo nas questões de Biologia da prova de Ciências da Natureza.
Dentre
os principais problemas, a destinação incorreta e a falta de tratamento
do lixo merecem uma atenção especial. Afinal, além de ter o agravante
que cada vez produzimos mais lixo, o Brasil está longe de ser “um
exemplo a ser seguido”. Mas antes de falar sobre quais atitudes e
medidas precisamos adotar para vencer esse enorme desafio (assunto para
uma próxima matéria!), é interessante entender a diferença entre lixão e aterro sanitário.
Então vamos lá!
Lixão
Local
sem nenhum tipo de preparo para receber os lixos. Neles, o chorume
(líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de
processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos
orgânicos) pode penetrar o solo e comprometer a água dos lençóis
freáticos. Além disso, devido a exposição dos resíduos e a falta de
fiscalização, o local acaba atraindo ratos, urubus e moscas, colocando
em risco a saúde dos catadores informais que vão em busca dos materiais
recicláveis. Veja abaixo uma ilustração que resume bem os problemas dos
lixões:
Aterro Sanitário
Diferentemente
do lixão, o aterro sanitário é uma área previamente preparada para
receber os resíduos. Nele, é feita a impermeabilização do solo com
materiais inertes (como mantas de polietileno e/ou argila), impedindo a
contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume (que muitas vezes tem
sistema que possibilita sua drenagem!). Além da preocupação com o
chorume, também é feita a captação do metano, gás liberado no processo
de decomposição do lixo e que pode ser utilizado para produzir energia.
Muitos aterros têm até acompanhamento constante de diversos
profissionais, como geólogos, que monitoram as possíveis falhas que
possam trazer algum dano ao meio ambiente. Veja abaixo uma ilustração
que resume bem um aterro sanitário:
Antes de encerrar o assunto, vale destacar que temos, podemos assim dizer, uma situação “intermediária”: o aterro controlado.
Nele, o chorume não é tratado, mas levado até a superfície, minimizando
a contaminação do solo e das águas. Geralmente, uma cobertura de argila
ou saibro é feita diariamente, evitando que os resíduos fiquem expostos
ao ar livre. Na verdade, os aterros controlados geralmente foram lixões
que receberam algumas adaptações para que os danos ao meio ambiente
fossem minimizados. Veja uma ilustração de um aterro controlado:
Especificadas
cada uma das opções de destinação do lixo produzido pelas cidades,
podemos resumi-las da seguinte maneira: na falta de tratamentos
corretos, como a reciclagem e a compostagem, o aterro sanitário é,
seguramente, a melhor opção. Em contrapartida, o lixão é aquele que traz
os maiores (e mais sérios!) problemas ambientais. Já o aterro
controlado é uma situação intermediária, que visa minimizar os danos
causados pela decomposição dos resíduos.
Fonte: https://www.infoenem.com.br/entenda-a-diferenca-entre-aterro-sanitario-e-lixao/
Acesso em 06/10/2015
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