Muitas
pessoas têm, entre seus amigos, um caso de irmãos gêmeos. E alguns
gêmeos, os mais engraçadinhos, têm o hábito de pregar peças nos outros,
fazendo-se passar um pelo outro, criando quiproquós, sem maiores
prejuízos além de um pouco de confusão e muitas risadas.
Há, entre
as muitas expressões e locuções da nossa língua, algumas que, não sendo
exatamente gêmeas, também causam confusão, mas neste caso COM prejuízo…
prejuízo na comunicação. Vejamos alguns desses ‘falsos gêmeos’ e seu
emprego correto:
Ao encontro de X De encontro a
O Poetinha1
já dizia que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto
desencontro pela vida”. Desencontro é o que se vê no emprego dessas duas
irmãs gêmeas, principalmente quando alguém quer fazer uma ligação entre
as próprias ideias e às de outrem. Para ajudar a esclarecer o emprego
adequado, vamos contar com a ajuda de outro expoente da música
brasileira, Tim Maia:
Eu preciso te falar, Te encontrar de qualquer jeito Pra sentar e conversar, Depois andar de encontro ao vento.(…)
(In: http://www.vagalume.com.br/tim-maia/um-dia-de-domingo-2.html Acesso em 27-11-2015)
Para ter essa sensação boa causada pelo vento, temos que andar contra
ele e é exatamente isso que significa a expressão “de encontro a”: se
suas ideias vão de encontro às de alguém, vocês pensam de maneira
contrária.
No caso de você concordar com as ideias de outra pessoa, é o caso de empregar a quase gêmea “ao encontro de“:
Minhas ideias vão ao encontro daqueles que defendem os princípios democráticos.
Para
o pessoal de Exatas memorizar bem esse caso, que tal pensar que as duas
expressões são como dois vetores de mesma direção e sentidos opostos?
Em vez de X Ao invés de
Novamente teremos significados diferentes e, por isso, não poderemos empregar indistintamente qualquer uma das duas irmãs.
A expressão “em vez de” deve ser usada com o sentido de “no lugar de”, como na música da dupla Leandro e Leonardo:
Em vez de você ficar pensando nele Em vez de você viver chorando por ele Pensa em mim, Chore por mim, Liga pra mim, Não, não liga pra ele
(In: http://www.vagalume.com.br/leonardo/pense-em-mim.html Acesso em 27-11-2015)
Ou ainda, um sambinha gravado pela Carmen Miranda para reforçar o emprego do tal “em vez de” e, de brinde, uma metonímia:
Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí, Em vez de tomar chá com torradas ele bebeu parati*, Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão, E sorria quando o povo dizia: sossega leão, sossega leão.
http://www.vagalume.com.br/carmen-miranda/camisa-listrada.html Acesso em 27-11-2015)
* parati – metonímia para cachaça em referência ao lugar pelo produto
Ou seja: no lugar de fazer uma coisa, faça outra diferente.
Já a expressão “ao invés de” carrega a informação de que algo saiu ao contrário, as duas informações devem ser opostas, como na frase:
Tomou os remédios, mas ao invés de melhorar, piorou.
A nível de X Em nível de
Bem, este não é um caso de gêmeas ou de falsas gêmeas… “A nível de” NÃO existe!!! O que existe são as expressões em nível de e ao nível de e são usadas da seguinte maneira:
– “em nível de” significa “no âmbito de”, mas não é essencial nas frases, como se vê aqui:
A decisão foi tomada em nível de gerência.
Mas pode muito bem ficar somente:
A decisão foi tomada pela gerência.
– “ao nível de” significa à altura de:
Santos fica ao nível do mar.
A competência dele está ao nível do cargo.
Assim, se buscamos, entre outras qualidades do texto, a concisão, vamos empregar apenas o necessário!
Até a próxima matéria da coluna de gramática do Portal infoEnem!
1. Apelido atribuído por Tom Jobim a Vinícius de Moraes
As
substâncias químicas podem receber inúmeras classificações conforme
critérios específicos e que serão abordados futuramente. O que nos
interessa aqui é a classificação dessas substâncias de acordo com o
número de elementos que as formam.
Basicamente, existem dois tipos de substâncias: simples e compostas.
As substâncias simples são aquelas formadas por um único elemento químico. Por exemplo: O2 (gás oxigênio), O3 (ozônio), Cl2 (Gás cloro), H2 (Gás hidrogênio) etc.
Já
as substâncias compostas, por sua vez, são aquelas formadas por mais de
um elemento químico. Exemplo: KCl (cloreto de potássio), H2SO4 (ácido sulfúrico), H2O (água), CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico), NaHCO3 (bicarbonato de sódio) etc.
Alotropia
Um conceito muito comum da Química
e sempre em alta no Enem e nos vestibulares mais tradicionais é a
alotropia. É um termo relativamente simples, contudo pode confundir
muitos vestibulandos experientes por conta do cansaço na hora da prova.
Mas afinal, o que é alotropia?
É um fenômeno químico no qual um
mesmo elemento determina diferentes substâncias simples. A essas
substâncias, dá-se o nome de formas alotrópicas ou alótropos.
Por exemplo:
O carbono é um elemento químico que, quando disposto em diferentes quantidades, determina diferentes substâncias. A saber:
Grafite – Fórmula molecular Cn,
com n= número de átomos– é um dos alótropos do carbono. Apresenta
geometria de hexágonos consecutivos. É bom condutor de calor e
eletricidade.
Diamante– Fórmula molecular Cn
– outro alótropo do carbono, apresenta estrutura tetraédrica. Tem
dureza extrema, brilho característico, ângulo de lapidação etc. Para se
ter uma noção da sua rigidez, quando se realiza a lapidagem, um diamante
é raspado em outro como parte do processo.
Fulereno – C60-
assemelha-se a uma bola de futebol. Por essa razão é chamado também de
futeboleno. É um lubrificante muito eficiente, porém pouco utilizado
devido ao seu preço elevado.
Não só o carbono, mas também outros elementos químicos apresentam formas alotrópicas, como o oxigênio que tem os alótropos O2 e O3, o fósforo, nas categorias branca (P4) e vermelha (P5) – utilizada em palitos de fósforo – e o enxofre nas formas rômbica e monoclínica.
Vale elucidar que a alotropia é um processo ligado a substâncias SIMPLES, até porque não haveria sentido falar de alotropia para substâncias compostas. Além disso, alótropos dificilmente apresentam propriedades físicas e químicas semelhantes.
História Geral no Enem - Compreenda a Crise de 1929
Por Matheus Andrietta
Um assunto muito cobrado nos vestibulares é a Crise de 1929, também chamada de A Grande Depressão,
que começou nos Estados Unidos e repercutiu pelo mundo inteiro. Ela
causou grande impacto nas economias, inclusive no Brasil, onde a
exportação cafeeira foi seriamente prejudicada. Hoje o infoEnem irá
abordar este tema da área de Ciências Humanas, explorando suas causas e consequências.
No
início do século XX, os Estados Unidos eram o exemplo no assunto
consumismo, fazendo com que nações tivessem sua balança comercial
atreladas ao país, tanto em comércio, quanto em empréstimos, incentivado
o american way of life. Ao mesmo tempo, havia alta especulação
financeira, ou seja, a população começava a investir seu dinheiro na
compra de ações, porque existia uma esperança em lucrar nas empresas e
negócios que iam muito bem no período.
Entretanto, após a Primeira
Guerra Mundial, no período entre os anos 1918 a 1928, o ritmo de vendas
e de produção diminuiu, pois em tempos de paz, o consumo ficou mais
baixo que no período de guerra. Assim, o lucro das empresas foi
diminuindo, causando uma grave recessão no país, seguida por alto índice
de desemprego. A população, achando que os lucros com as ações
melhorariam em breve, começaram a fazer dívidas, ao mesmo tempo em que
as nações do restante do mundo deixavam de comprar os produtos dos EUA
por estarem se reestruturando internamente.
Logo, as
empresas norte-americanas ficaram com muitos produtos em estoque,
entrando em crise. E essas mesmas empresas tinham ações na bolsa.
Assim, no dia 24 de outubro de 1929, 16 milhões de títulos foram colocados à venda, sem que aparecesse nenhum comprador. Isso ocasionou o crash
da bolsa de valores de Nova Iorque. Investidores milionários perderam
toda a sua fortuna, alguns se suicidaram, trabalhadores perderam seus
empregos, nações foram afetadas como um efeito dominó. O Brasil foi
afetado na economia cafeeira, pois os EUA eram grandes compradores de
café e com a crise, esse comércio diminuiu de maneira drástica.
Para a solução do problema, o recém eleito presidente Roosevelt estruturou a política do New Deal de intervenção do Estado na Economia. Mas isso já é assunto para outro artigo.
Johannes Kepler (1571-1630),
foi um brilhante matemático e também astrônomo alemão. Familiarizado
com a astronomia desde criança, Kepler teve a oportunidade de observar
diversos fenômenos durante a sua infância. No período em que estudava
astronomia, foi marcado por várias brigas e reconciliações com Tycho
Brahe, astrônomo dinamarquês. No entanto, após a morte de Tycho, Kepler
teve acesso as anotações do amigo e então conseguiu formular as leis que
regem o movimento dos planetas.
Essas leis são conhecidas como as três leis de Kepler, pertencem ao conteúdo de Física do Enem e serão o nosso objeto de estudo no artigo de hoje.
Primeira Lei de Kepler
Através
da rigorosa observação da movimentação dos planetas, Kepler percebeu
que estes podiam ser regidos por regras matemáticas muito simples.
Assim, em sua primeira lei, ele propôs que os planetas não seguiam uma
trajetória circular, mas sim uma trajetória elíptica e que o sol sempre estava sobre um dos focos da elipse.
A partir dessa lei, teremos dois pontos principais: um em que o planeta
estará com a maior distância possível do sol, que é chamado de afélio e um outro ponto em que o planeta está mais próximo do sol, que é denominado periélio. Veja a figura abaixo:
Segunda Lei de Kepler
Em
sua segunda lei, o astrônomo afirma que as trajetórias realizadas pelos
planetas varrem áreas iguais em intervalos de tempo iguais. Também é
conhecida como lei das áreas, ela teve como consequência a condição de
que, quanto mais afastado do sol estiver um planeta, maior será a sua
velocidade. Sendo assim, com o que vimos da primeira lei podemos
concluir que a velocidade de um planeta será máxima quando este estiver
sobre o periélio e mínima quando estiver sobre o afélio.
Terceira Lei de Kepler
Também conhecida como lei dos períodos,
a terceira lei de Kepler diz que a razão entre o quadrado do período de
um planeta pelo cubo de seu raio médio será sempre igual a uma
constante. O raio médio de um planeta é calculado como a metade da
distância entre seu periélio e seu afélio. Com isso, podemos facilmente
concluir que quanto mais distante estiver um planeta do sol, maior será o
seu período de rotação. Devido ao avanço da tecnologia, isso pode ser
facilmente observado hoje em dia, mas essas leis foram um grande marco
para a astronomia e para toda a ciência! Equacionando a terceira lei,
temos que:
Onde k será a mesma constante para todos os planetas.
Por
fim, percebemos que as leis de Kepler possuem uma simplicidade muito
grande, sendo de fácil entendimento e execução. Porém, se tratam de
constatações muito importantes e funcionam perfeitamente a 5 séculos,
sendo fundamentais para a compreensão e desenvolvimento de toda
astronomia atual.
Confira os 20 Possíveis Temas da Redação do Enem 2016
Por Matheus Andrietta
enem2016.biz
Como
muitos sabem, a nota final do Enem é composta pela média entre a
pontuação do candidato em 5 áreas do conhecimento: Ciências Humanas,
Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos, Matemática e Redação.
Dessas, a redação recebe sempre um enfoque peculiar porque muitos
estudantes (e até mesmo os professores e público em geral) ficam
ansiosos em saber qual será o tema, ou seja, sobre o quê o vestibulando terá que dissertar.
De
fato, muitos candidatos relatam realizar a redação com mais segurança e
tranquilidade quando já estudaram ou escreveram sobre o tema pedido.
Até mesmo se o tema foi discutido de maneira peripatética no seu
cotidiano. É com esse objetivo que lançamos hoje a lista abaixo com
breves explicações sobre os principais assuntos que, devido à sua atual
importância na sociedade, podem ser tema de redação do Enem 2016.
Primeiramente, devemos lembrar que tema é um assunto mais específico, mais focalizado. Relembre
a diferença entre esses dois conceitos. Assim, os assuntos aqui
listados podem aparecer na prova com alguns detalhes ou especificações
diferentes, mas tendo o mesmo centro de discussão. Vamos lá?
1. Espaços de convivência
Nos últimos anos, temos observado que os espaços de convivência tem sido cada vez mais fechados, como shoppings,
lanchonetes, etc enquanto que os espaços públicos, como praças, têm
perdido seu uso social. Pense sobre as causas e consequências dessa
transformação.
2. Indústria alimentícia
Outra modificação na sociedade atual é sobre a forma de nos alimentarmos. Fast food,
transgênicos, entre outros pontos geram inquietações sobre a qualidade
dos alimentamos que consumimos. É interessante questionar o impacto
disso na saúde e no modo de vida da população.
3. Desigualdade racial
Negros,
índios, imigrantes, etc são minorias em questão de direitos e
oportunidades na sociedade brasileira. Isso gera violência,
discriminação, desigualdade salarial, entre outras problemáticas que
devem ser urgentemente discutidas em nossa realidade.
4. População LGBT
Outro
grupo social que sofre constante discriminação e violência na sociedade
brasileira é a população LGBT. Essa é uma discussão que necessita ser
feita, além da urgência em pensar soluções, como o exemplo do programa Transcidadania em vigência atualmente na Prefeitura de São Paulo.
5. Intolerância religiosa
Cada
vez mais, a sociedade tem percebido uma gama maior de religiões. Essa
diversidade tem causado intolerância de umas com as outras, além de
estereotipação e visão errada de muitas delas, como islamismo e umbanda,
por exemplo. É interessante pesquisar os principais conflitos e as
consequências que já ocorreram por intolerância religiosa.
6. Xenofobia nas imigrações
O
mundo tem vivido ondas de imigração e a chegada dessas pessoas em
outros países tem sido, na maioria das vezes, hostil, além de sofrerem
preconceito simplesmente pela sua nacionalidade – que é a definição de
xenofobia. Exemplo disso é a população síria que tem vivido na França.
7. Responsabilidade ambiental das empresas
A
ideia de sustentabilidade nas empresas sempre foi algo discutido, mas
agora, principalmente por causa do acidente da Vale em Minas Gerais, a
responsabilidade socioambiental das corporações é ainda mais preocupante
e passível de discussão. É importante estudar esse caso e estar atento
às consequências e repercussão que ainda acontecerão no decorrer de
2016.
8. Pequenas corrupções
A ética pode ser discutida em
diversos aspectos e situações. Uma delas é sobre as ações cotidianas
que cometemos, como furar fila, estacionar em local para deficientes e
idosos, falsificar documentos e atestados etc. A problemática dessas
pequenas corrupções deve ser refletida e analisada.
9. Moda e individualidade
Cada
vez mais, as pessoas têm utilizado a maneira de se vestir como um
reflexo de sua personalidade. A relação entre a moda e a busca de
individualidade dos sujeitos pode ser analisada como um fenômeno
contemporâneo que tenha implicações nas relações sociais.
10. Trote nas universidades
O
trote é visto como a confraternização e socialização dos ingressantes
(bixos) de uma universidade com os estudantes mais antigos. Porém, essa
relação, por se dar de forma hierárquica, muitas vezes se tornando
abusiva, gerando casos de violência, bullying etc.
11. Sistema prisional brasileiro
O
sistema carcerário brasileiro está superlotado e encontra-se com várias
deficiências e problemáticas. Será a prisão, como ela é hoje, o melhor
jeito de lidar com a população penal? Tanto os problemas como
alternativas devem ser discutidas urgentemente no Brasil.
12. Violência urbana
A
violência urbana pode incluir estupro, assaltos, linchamentos etc.
Nesse caso, é importante estudar as especificidades de cada tipo de
violência e levantar algumas reflexões, como as causas, se porte de
armas aumentaria ou não a violência, a segurança pública, entre outros
pontos.
13. Ativismo nas redes sociais
As redes sociais
têm sido usadas para movimentar causas sociais. Desde campanhas e
curtidas até o agendamento de manifestações na rua. Esse fenômeno
merecer ser estudado para refletir se é benéfico e se realmente traz
modificações e reflexos na vida real.
14. Cotas nas universidades
Existem
diferentes tipos de cotas (por renda, para escola pública, para
deficientes e para etnias) nas universidades e algumas estão
interligadas. Antes de pensar se são justas ou benéficas, é importante
sair do senso comum, já que tem muita informação errada divulgada por
aí, e pesquisar como as cotas realmente funcionam e quais são seus
resultados.
15. Conceito de família
O conceito de família
tem sido muito discutido por causa do projeto de lei que define família
como a união entre homem e mulher. Mães solteiras, avôs que criam netos,
famílias homo-normativas e vários outros casos, dessa forma, ficam
excluídos da noção de família e dos direitos cabíveis a eles, como
programas de assistência social e adoção.
16. Estética e saúde
A
valorização de um padrão de beleza causa preocupação de muitas pessoas
pela sua estética. Academias, cirurgias plásticas e dietas são exemplos
disso. Em muitas pessoas, isso também causa doenças como anorexia e
outras complicações. É importante analisar a relação e os limites entre a
estética e a saúde.
17. Modelos de educação
Novos modelos
de educação têm sido discutidos na sociedade, como escola em tempo
integral, novo currículo, novas atividades e interdisciplinariedade,
entre outros assuntos. É importante conhecer mais sobre essas propostas,
além de saber as principais deficiências do modelo atual de ensino.
18. Trânsito nas metrópoles
Nas
grandes cidades, a locomoção tem ficado cada vez mais difícil, e
algumas alternativas têm sido discutidas, como aumento de ciclovias, uso
de transporte público etc. Pesquise sobre os principais problemas e
soluções debatidos e implantados nas Prefeituras das metrópoles
brasileiras.
19. Liberdade de expressão da mídia
Os meios
de comunicação são a principal fonte de informação para a sociedade. Por
isso, deve-se analisar a responsabilidade que elas têm, já que
liberdade de expressão é diferente de liberdade de imprensa. É
importante discutir sobre a veracidade de informações transmitidas pelas
mídias.
20. Uso de drogas pelos adolescentes
Sabemos que
os jovens têm acesso às drogas, lícitas e ilícitas. Muitas vezes, o uso
de entorpecentes começa de forma “recreativa” em festas e encontros. É
importante discutir essa realidade e as problemáticas que isso causa,
como dependência e relação com o tráfico, por exemplo.
Esperamos
que a lista de assuntos sirva como uma fonte de estudos, pesquisas e
práticas para todos aqueles que em 2016 prestarão o exame nacional!
Desejamos uma boa preparação a todos e continue nos acompanhando para
estar por dentro de todas as informações e dicas de conteúdo e estudo
para o Enem 2016!
P.S.: Como Escrever Corretamente Siglas e Abreviaturas
Por Margarida Moraes
www.alunosonline.com.br
Em
época de vestibulares, processos seletivos, concursos e afins, muitos
estudantes ‘dão mais um gás’ na preparação, lendo e produzindo textos
como treino. Procedimento muito adequado e importante, sem dúvida! E que suscita
dúvidas, o que também é importante, principalmente se levar o aluno a
procurar as respostas, é claro!
Muitos textos indicados para
leitura pelos professores giram em torno de atualidades e acabam
trazendo uma série de siglas e abreviaturas, grafadas de muitas
maneiras: com letras maiúsculas, com minúsculas, com ambas, com ponto,
sem ponto… E aí vem a pergunta: qual é a maneira correta?
Como
faria Descartes, ou Jack (o estripador), vamos por partes: tratemos
primeiramente das siglas. Para estas, observaremos as seguintes
orientações:
-Use todas as letras maiúsculas:
se a sigla tiver até três letras, como USP, CEF, PIS, ONU, OEA, PM;
se todas as letras forem pronunciadas (com o nome de cada letra), como INSS, FGTS, BNDES, CNBB
-Com mais de três letras, formando sílabas: use só a inicial é maiúscula, como Unicamp, Embrapa, Unesco, Detran
Mais
duas recomendações: em nenhum dos casos acima se emprega ponto e as
siglas podem ser pluralizadas. No caso de plural, nada de imitar o caso
genitivo da língua inglesa (não se lembra dele? É aquele caso que indica
posse, no Inglês): não se usa apóstrofe, apenas o acréscimo da
desinência ‘s’ de plural: PMs, DSTs, CDs, DVDs.
Agora, vejamos a questão das abreviações.
A
abreviação, diferentemente da sigla, consiste em escrever de forma
reduzida algumas palavras e expressões e encerrá-la com um ponto. Se a
sílaba seguinte for iniciada por duas consoantes, ambas serão escritas e
os acentos ou hífen da palavra original devem ser mantidos
Regra geral: escreva a primeira sílaba e a primeira letra da sílaba seguinte: tel. (telefone); cel. (celular); com. (comercial); séc. (século); pess. (pessoa); dec.-lei (decreto-lei).
E, como não poderia deixar de ser, lá vêm as exceções:
Algumas palavras são abreviadas por contração (supressão das letras do ‘meio’): Bel. (bacharel); cia. (companhia); Exa. (Excelência); Dr. (Doutor);
Algumas não seguem a regra e foram estabelecidas pelo uso: ap. ou apart. ou apto = apartamento cx. = caixa i.e. = isto é p.e. = por exemplo Q.G. = quartel-general S.O.S. = “Save Our Souls’’ ou Salve nossa alma, nos pedidos de socorro
Em tempo: o título Professor é abreviado seguindo-se a regra geral, portanto paramos no ‘f’ e encerramos com um ponto: Prof. e o feminino tem o acréscimo da desinência ‘a’: Profª. Pelo amor de todas as divindades, NÃO COLOQUE ‘O’ na abreviação de ‘professor’!!!
É
claro que há muitas palavras que são empregadas na forma abreviada e,
igualmente, há muitas exceções, o que me leva a lembrar a você, leitor
ávido por conhecimentos, que o dicionário é um aliado imbatível no caso
de dúvidas neste assunto. Você pode recorrer também ao VOLP (Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa), que tem uma versão online, no sítio
da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br).
Até a próxima!
Margarida Moraes
é formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), onde também
concluiu seu mestrado. Mais de 20 anos de experiência, corretora do
nosso sistema de correção de redação e responsável pela resolução das
apostila de Linguagens e Códigos do infoenem, a professora é colunista
de gramática do nosso portal . Seus textos são publicados todos os
domingos. Não perca!
Nesta semana publicamos, aqui no Portal infoEnem, artigo que trata da Proclamação da República no Brasil. Em seguida a este acontecimento temos o que chamamos de República Velha ou República Oligárquica, quando a Política do Café com Leite e a Política dos Governadores vigoraram no período entre 1889 e 1930. Este é o assunto que abordaremos hoje.
A Política do Café com Leite foi uma aliança entre os dois estados mais influentes do país na época: São Paulo, o polo da economia cafeeira, e Minas Gerais,
onde estava concentrado o maior número de eleitores. Assim, a
Presidência da República era revezada. Num mandato tínhamos um mineiro,
no próximo, teríamos um paulista.
Isso acontecia através do apoio dos dois Estados para que os presidentes fossem eleitos.
A
Política dos Governadores também foi ligada a esse sistema. Era uma
aliança entre o Poder Executivo e os Governadores dos Estados. O
Presidente dava total autonomia aos governadores, enquanto estes
deveriam fazer a bancada de deputados federais aprovar todas as medidas
propostas pelo Chefe do Executivo. Assim, o país ficou sob as medidas de
São Paulo e Minas Gerais, que também comandavam as pequenas oligarquias
dos outros Estados.
O primeiro presidente eleito foi o paulista
Prudente de Morais, em 1894, seguido por Campos Sales, Rodrigues Alves,
Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás, Epitássio
Pessoa, Artur Bernardes e, por último, o paulista Washington Luís, cujo
mandato terminou em 1930.
Washington Luís deu fim a esse acordo
político quando, no final de seu governo, ao invés de indicar o mineiro
Antonio Carlos para o cargo, apoiou o também paulista Júlio Prestes,
rompendo com a aliança. Antonio Carlos então alia-se ao governo do Rio
Grande do Sul e da Paraíba para montar uma chapa de oposição nas
eleições. Por meio de uma fraude, São Paulo vence. Entretanto, é
organizado um movimento que deu origem a Revolução de 1930, que será o
tema de nossos próximos estudos.
Diferença entre Número Atômico (Z) e Número de Massa (A)
Por Fernando Buglia
www.mundoeducacao.com
Entender
os detalhes e os cálculos que envolvem o conhecimento da estrutura
atômica moderna é fundamental para qualquer estudante, principalmente
para os vestibulandos. Afinal, essa área da química é amplamente
explorada, não só pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como
também pelos vestibulares tradicionais que ainda restaram em vários
cantos do país.
Pensando nisso, resolvemos trazer uma boa introdução sobre alguns conceitos básicos da estrutura atômica.
Primeiramente,
é importante lembrar que, por meio dos métodos de mecânica quântica e
ondulatória, muitos conceitos dos modelos atômicos surgidos
anteriormente puderam ser corrigidos e/ou substituídos. Inclusive, já
falamos sobre os diversos modelos atômicos que apareceram ao longo do
tempo. Clique aqui e veja o artigo.
Entretanto,
de maneira bastante simplificada e didática, podemos dizer que o átomo
moderno é tomado com as seguintes características: Um núcleo (formado de
prótons e nêutrons) e a eletrosfera (composta pelos elétrons).
Os prótons
são partículas carregadas positivamente. Os nêutrons são partículas
neutras. Já os elétrons são partículas de massa desprezível e carga
negativa. O conjunto dos elétrons que orbitam em torno do núcleo
constitui a eletrosfera.
Portanto, de forma resumida, teremos:
Núcleo: Prótons + Nêutrons
Eletrosfera: Elétrons
A ilustração abaixo deixa bem clara as divisões modelo citadas:
Número atômico (Z)
Constitui
o número de prótons de um átomo. É dessa constatação que deriva um dos
conceitos mais importantes da química: o elemento químico.
Elemento químico é o conjunto de átomos que apresenta o mesmo número atômico . Ou seja, mesmo número de prótons.
Exemplos: Carbono (C), Hidrogênio(H), Oxigênio (O), Sódio (Na) etc.
Número de massa (A)
É a soma dos prótons e nêutrons do núcleo do átomo.
A= P + N
Agora
que você já entendeu a diferença entre número atômico (Z) e Número de
Massa, que tal tentar fazer um exercício bastante simples, só para fixar
o que acabou de ler? Vamos lá?
Exercício de fixação
Sabendo que o número atômico do Cálcio (Ca) é 20, e seu número de massa é igual a 40, calcule seu número de nêutrons.
Resolução: Como A= n + p, então 40 = n + 20, logo n = 20. Portanto, o número de nêutrons é igual a 20.
Continue
nos acompanhando que em breve vamos falar sobre íons (cátions e ânions)
e de como funciona a representação dos elementos químicos.
O planeta Terra possui uma infinidade de seres vivos. Como eles são o objeto de estudo da Biologia,
classificar, ordenar e, principalmente, nomear, faz-se necessário para
facilitar a compreensão dos mais diversos organismos. Esse ramo da
Biologia é chamado de SISTEMÁTICA. Os seres vivos são classificados conforme a espécie a que pertencem.
Mas, afinal, o que define uma espécie?
Uma espécie nada mais é do que um conjunto de seres vivos semelhantes que se reproduzem e geram descendentes férteis.
O
botânico Lineu, em meados do século XVII, foi responsável pelas bases
do sistema de classificação utilizado nos dias de hoje. Nomear os seres
vivos faz parte da Taxonomia, a qual compõe a
sistemática. A maior contribuição de Lineu foi o sistema binomial de
classificação, em que cada espécie é nomeada cientificamente e em latim,
língua da intelectualidade da época em que Lineu realizou seus estudos.
Com base no sistema binomial, o nome científico é composto de dois
termos, sendo que o primeiro possui obrigatoriamente letra maiúscula e
designa o gênero no qual o organismo está inserido, já o segundo termo
tem obrigatoriamente letra minúscula. O conjunto do primeiro mais
segundo termos constitui o nome da espécie. É importante destacar também
que tal nome deve ser destacado de algum modo. Em sistemas eletrônicos é
comum destacá-lo em itálico. Porém, em caso de escritas à mão, deve-se
grifar os dois componentes do nome separadamente.
Exemplo: Homo sapiens (gênero: Homo, espécie: Homo sapiens)
Homo sapiens (caso não seja possível o uso do itálico)
Dos reinos à espécie
As infinitas espécies são separadas em grupos maiores, os gêneros, que pertencem a uma família, que pertence a uma ordem, que pertence a uma classe, que pertence a um filo que, por sua vez, pertence a um reino,
grupo mais vasto e que engloba todos os outros. Existem também os
domínios, não muito cobrados em vestibulares e que englobam os reinos.
Fonte: slide player – google imagens
Uma técnica empregada para a memorização da ordem dos grupos taxonômicos é o esquema ReFiCOFaGE, em que cada inicial maiúscula corresponde a um grupo. É muito simples. Re = Reino, Fi= Filo, C=Classe e assim por diante.
Os Cinco Grandes Reinos
Reino Animal (Metazoa)
Envolve
os organismos eucariontes (seres cujas células apresentam carioteca),
são pluricelulares e HETERÓTROFOS (não produzem o próprio alimento,
dependendo de outros seres vivos para a nutrição).
Reino Vegetal (Metaphyta ou Plantae)
É
o reino das plantas. Cuidado, as algas NÃO pertencem a esse reino. Os
seres do reino vegetal são eucariontes, pluricelulares e AUTÓTROFOS
(produzem o próprio alimento). As células das plantas apresentam parede
celular que possui celulose.
Reino Fungi
Trata-se do reino
dos fungos, como cogumelo, orelha-de-pau, leveduras etc. São
eucariontes e podem ser unicelulares ou pluricelulares. São HETERÓTROFOS
e suas células têm parede celular que possui quitina.
Reino Protista (Protoctista)
Consiste
no reino mais heterogêneo, englobando uma grande variedade de seres,
com destaque para os protozoários e algas. Protozoários são unicelulares
e heterótrofos, já as algas podem ser uni ou pluricelulares e são
autótrofas. Algas e protozoários são eucariontes.
Reino Monera
É
o reino que reune as bactérias e as arqueas. Bactérias e arqueas são
seres microscópicos, unicelulares e procariontes (suas células não têm
carioteca). Podem ser autótrofas ou heterótrofas. Bactérias apresentam
parede celular de peptidoglicano (polímero constituído de carboidratos e
aminoácidos), enquanto as arqueas não possuem essa substância em suas
paredes celulares.
Domínio
Grupo taxonômico mais amplo e que envolve os reinos. Existem três domínios: Eukarya, Archea e Bacteria.
O domínio Eukarya contém todos os eucariontes, assim, engloba os reinos Animal, Vegetal, Fungi e Protista.
Os procariontes são divididos em dois domínios:
Bacteria: são as bactérias, possuem parede com peptidoglicano.
Archea: são as arqueas, sua parede celular não tem peptidoglicano.
Entenda os Motivos da Proclamação da República no Brasil
Por Matheus Andrietta
hilariogomes2008.blogspot.com
Ontem comemoramos os 126 anos da república no Brasil. Assim sendo, optamos, no artigo hoje do Portal infoEnem, por falar um pouco sobre essa data tão importante da história do nosso país.
A
proclamação da República Brasileira pode ser definida como um golpe
político-militar, oficializado em 15 de novembro de 1889, no Rio de
Janeiro, capital do Império do Brasil na época. Este levante destituiu o
então imperador D. Pedro II de seu cargo, pondo fim a monarquia
parlamentarista do Império e instituindo uma república presidencialista,
cujo primeiro presidente foi o principal líder do movimento, Marechal
Deodoro da Fonseca.
Embora tenha sido o único a obter sucesso,
tivemos mais eventos de cunho republicano que ocorreram por aqui, como
por exemplo a Confederação do Equador (1824) e também a Revolução
Farroupilha (1839), que possuíam características claramente
republicanas, sendo contra o regime absolutista comandado por D. Pedro
nestes períodos.
Uma das razões que pode explicar o sucesso da
última revolução é o fato de que o governo de D. Pedro II não possuía
apoio em praticamente nenhum setor da sociedade naquela época.
No
início da década de 1880, D. Pedro já havia perdido o apoio da igreja,
no episódio que ficou conhecido como “questão religiosa”, em virtude de
prisões e perseguições a bispos e integrantes da igreja que condenavam a
prática da maçonaria, permitida durante o império.
O governo
também já não contava mais ajuda dos militares, principalmente após a
Guerra do Paraguai (1864-1870), na qual a base militar ganhou prestígio
no ambiente social, fazendo com que parte de seus integrantes tivessem a
ambição de adquirir importância política durante o período.
Em
meados da década de 1880, o governo era sustentado principalmente pelos
cafeicultores do vale do Paraíba, que eram grandes latifundiários e
contavam com mão de obra escrava. Com a assinatura da Lei Áurea (1888),
D. Pedro não só perde o único apoio que o mantinha no governo, mas
também adquire novos opositores, os republicanos do treze de maio.
A
soma de todos esses fatores garantiu o sucesso do golpe liderado por
Marechal Deodoro, que mobilizou suas tropas, cercou os ministros
imperiais e exigiu a deposição do rei. Em 15 de novembro daquele ano, o
republicano José do Patrocínio oficializou a proclamação da República.
Assim foi a instauração da república federativa do Brasil, que como deve
saber, perdura até hoje.
Após a saída de Marechal Deodoro, teve início a época conhecida como “política do café com leite”.
A partir da leitura do artigo da semana passada, alguns alunos me questionaram sobre essas expressões:
Não existe ‘mais bem’, é sempre ‘melhor’, não é?
Bem… não exatamente. É fato que quando estabelecemos a relação de comparação com os adjetivos bom e mau, devemos usar as formas sintéticas melhor e pior, assim:
-Esta série é boa, é melhor que a anterior.
Ou
-Este show está ruim, está pior que o do ano passado.
Coincidentemente, as formas comparativas dos advérbios bem e mal são, também, melhor e pior, como vemos nas frases abaixo:
-Eu fui bem nas provas, mas meus concorrentes foram melhor.
Ou
-Ele foi mal nas provas, mas seus concorrentes foram pior.
Nessas duas frases bem e mal funcionam como advérbios de modo e têm uma forma sintética de comparação na segunda oração.
As coisas mudam quando temos uma estrutura composta por um verbo no particípio
(lembram-se? Particípio é a forma nominal dos verbos, terminado em –ado
e –ido, nos casos de verbos regulares, como cantado, vendido, partido,
que podem funcionar como adjetivos).
Essas formas podem ser modificadas pelos advérbios bem e mal,
como em bem-vestido, mal-humorado, bem-educado, mal redigido (às vezes
com hífen quando funciona como adjetivo, às vezes sem, quando funciona
como verbo).
Vejamos:
-Aquela redação foi mal redigida.
-Nessa frase, mal funciona como advérbio de modo, modificando o verbo redigida.
Tudo bem até aqui?
Agora
vamos estabelecer uma comparação entre os modos. Para facilitar a
visualização, vou lançar mão de ferramentas da Matemática (lembram-se do
trabalho com expressões?):
-Aquela redação foi (mal redigida).
(mal redigida)
tornou-se um conjunto só, expressando o modo como a redação foi feita.
Agora, vamos comparar esse “conjunto”, com outra redação:
-Aquela redação foi mais (mal redigida) do que esta.
Nesse caso, temos o advérbio mais intensificando a ideia do conjunto ‘mal redigida’. É diferente de termos simplesmente ‘mais mal’ = ‘pior’.
Resumindo:
se tivermos estruturas com particípio, usaremos “mais bem” + particípio
ou “mais mal”+ particípio. Se a comparação for apenas entre ‘bem’ ou
‘mal’, usaremos as formas sintéticas ‘melhor’ ou ‘pior’. Vejam mais
exemplos:
-Este quadro está mais bem pintado do que aquele.
-Meu irmão é mais bem-humorado do que eu.
Mas,
-Ele fala bem, fala melhor do que escreve.
-Ele representa mal, atua pior do que o outro ator.
É isso! Até a próxima semana!
Margarida Moraes
é formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), onde também
concluiu seu mestrado. Além dos mais de 20 anos de experiência,
corretora do nosso sistema de correção de redação e responsável pela
resolução das apostila de Linguagens e Códigos do infoenem, a professora
também é colunista de gramática do nosso portal. Seus textos são
publicados todos os domingos. Não perca!
Após
a passagem das provas do Enem e do bombardeio de informações a respeito
de gabaritos, notas e resultado, o assunto que começa a ganhar corpo
entre o milhões de cadidatos que prestaram as provas, seja nas redes
sociais ou em outros meios, é o tal do Sisu.
Afinal, para que serve e como funciona? A resposta para estas duas perguntas você acompanha nos parágrafos abaixo.
Criado
em 2009, o Sistema de Seleção consiste numa plataforma virtual que
utiliza as notas do Enem para classificar estudantes em universidades
públicas (federais e estaduais) e também em institutos federais de
educação tecnológica.
Consiste num dos principais programas do
governo que se baseia nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio. Foi
através de seu lançamento, a 6 anos atrás, que o Enem ganhou a
importância e o interesse dos estudantes, diferentemente do que ocorria
nas suas primeiras edições, desde 1998.
Com relação ao seu
processo seletivo em si, o Sisu abre inscrições duas vezes por ano,
normalmente nos meses de janeiro e junho/julho. O período para os
candidatos se cadastrarem fica aberto por um período que normalmente
varia de 3 a 7 dias, dependendo da edição.
Durante o prazo de inscrições, que ocorre no site oficial (sisu.mec.gov.br),
os candidatos devem entrar com o número de inscrição e senha da edição
do ano anterior do Enem. Cada um pode se candidatar a até duas opções
de curso, por ordem de prefência.
Todas as noites, o sistema irá
atualizar as notas de corte e classificação parcial dos candidatos para
cada opção escolhida. Com base nestas informações, os estudantes poderão
alterar suas inscrições quantas vezes quiserem, sendo válidas os
últimos registros.
Após o encerramento das inscrições, o Sisu
libera uma chamada única, com a lista de aprovados em cada curso das
instituições participantes, com prazo de matrícula pré-determinado no
cronograma do sistema.
O último evento do Sisu é a formação e
convocação da lista de espera. Haverá um prazo específico para
confirmação de interesse online em participar da lista, para os
estudantes não aprovados. Posteriormente, as universidades/institutos
com vagas remanescentes farão as possíveis chamadas de acordo com sua
necessidade, com divulgação em seus próprios sites na internet.
O
Sisu 2016, que usará as notas do último Enem, ainda não teve seu
calendário oficial publicado, porém, como afirmamos anteriormente, deve
acontecer na segunda quinzena de janeiro.
“Compreender
a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do
conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do
texto dissertativo-argumentativo em prosa”.
Esse é o descritor da segunda competência
que avalia as redações escritas pelos candidatos ao ENEM, um longo
descritor, diga-se de passagem, que pode ser dividido em três partes:
compreender a proposta de redação
aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema
dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
A primeira parte,
“compreender a proposta de redação”, diz respeito ao fato de toda a
prova de redação ser uma prova de leitura e escrita e não só de escrita,
já que o candidato deve entender o tema e seu comando e o recorte
temático proposto pela coletânea de textos motivadores. Trata-se do
primeiro passo para escrever um texto autônomo e autoral.
A segunda parte,
por sua vez, trata-se da aplicação de conceitos de várias áreas do
conhecimento a fim de desenvolver o tema, isto é, o candidato deve
relacionar o tema com áreas como sociologia, história, biologia,
filosofia, literatura, economia, política etc, mas desde que essa
relação seja plausível.
Não adianta relacionar o tema a uma
determinada área de conhecimento ou a um determinado autor apenas para
cumprir com parte da segunda competência se essa relação não for
pertinente e possível. Além disso, o candidato ao ENEM, neste momento,
deve fugir dos clichês e dos sensos comuns, já que muitos, apenas para
pontuar nesse descritor, acabam “apelando” para o capitalismo,
globalização, mídia, propaganda dentre outros “conhecidos vilões” para
qualquer tema.
Há candidatos que se apegam tanto a uma determinada
área de conhecimento ou a determinada citação de um autor específico
que recorre a isso em todas as propostas de redação, independentemente
do tema, dando a ideia de que deseja “forçar” uma teia de relações.
Citações como a de Milton Santos – “a globalização está se impondo como
uma fábrica de perversidades” – circula em inúmeras
dissertações-argumentativas mesmo que o tema não tenha nada ou muito a
ver com globalização.
Já a terceira e última parte
da segunda competência diz respeito à obediência e ao cumprimento do
tipo textual dissertativo-argumentativo, sobre o qual já escrevemos
vários textos.
A publicação de hoje teve como objetivo alertar os
candidatos ao ENEM para o detalhe da segunda parte do descritor da
segunda competência avaliativa da redação.
Até mais!
*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA
é graduada e mestranda em Letras/Português pela Universidade Estadual
de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo
funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e
Redação. Foi corretora de redação em importantes universidades públicas.
Além disso, também participou de avaliações e produções de vários
materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da
Educação (MEC).
**Camila é colunista semanal
sobre redação do nosso portal. Seus textos são publicados todas as
quintas! Também é uma das professoras do Programa de Correção de Redação do infoEnem.
Ecologia: Conheça as Características do Bioma Caatinga
Por Matheus Andrietta
Vamos conhecer mais um bioma brasileiro? O estudo de hoje se concentrará no bioma Caatinga,
que abrange os estados de Alagoas, Ceará, Bahia, Maranhão, Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e parte de Minas Gerais.
Isso equivale a uma extensão territorial de 844.453 km², o que
representa 11% do território brasileiro.
A Caatinga é também conhecida como Sertão
por causa do clima seco do local, em que mesmo quando o céu está
nublado, a chuva é sempre rara. A vegetação é condicionada às
características do local. Por exemplo, as plantas têm poucas ou nenhuma
folha. Quando há folhas, elas são finas. Algumas plantas também
armazenam água, como é o caso dos cactos, já outras tem raízes curtas,
para absorver o máximo de chuva já na superfície do solo.
Apesar da seca, a Caatinga também tem solos férteis e “ilhas de umidade”, conhecidos como brejos,
áreas localizadas próximas às serras, em que há maior quantidade de
chuva. Mesmo assim, o canal principal do Rio São Francisco é o único que
mantém seu fluxo no território, tendo suas águas provenientes de outras
regiões, do bioma Cerrado.
O
bioma é rico em biodiversidade, abrigando 178 espécies de mamíferos,
591 de aves, 177 de répteis, 79 de anfíbios e 241 de peixes. A população
humana é aproximadamente de 27 milhões. Na região, há muitas pessoas
economicamente carentes e dependentes dos recursos do bioma para
sobreviver.
Na Literatura brasileira, a região já foi retratada em várias obras, principalmente da escola literária da 2ª geração do Modernismo: o regionalismo. Um exemplo é a clássica obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
Há
políticas públicas focalizadas nessa região, por causa da deficiências e
problemáticas enfrentadas, como a Conferência Regional de
Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga – a Caatinga na Rio+20.
Ops! Tudo junto assim dificulta a leitura, não é mesmo? Vamos tentar novamente:
Olá, meus caros leitores! É um prazer estar com vocês novamente! E hoje o assunto é essa dificuldade com o ‘junto ou separado’.
O
espaço que separa uma palavra da outra é uma ‘invenção’ para organizar o
texto e facilitar a leitura. Os textos antigos não eram assim, todas as
palavras eram escritas ‘grudadas’ umas nas outras e, só na Idade Média,
os monges copistas (encarregados de produzirem, à mão, cópias dos
livros) introduziram os espaços e criaram alguns sinais de pontuação,
com a intenção de facilitar a leitura e, consequentemente, a
compreensão.
Atualmente, separar uma palavra da palavra seguinte
na escrita é uma prática comum, mas como nem tudo é simples neste
universo dos idiomas, há situações em que as palavras podem ser grafadas
juntas (na verdade, formando uma só palavra), com um significado, e
separadas, com sentido diferente. E há, ainda, casos em que elas devem
estar sempre separadas!!!
Vou listar aqui alguns dos casos que mais frequentemente causam dúvidas e, em seguida, as dicas para não errar:
SENÃO X SE NÃO
As duas expressões têm sentidos diferentes: junto, senão significa ‘a não ser’:
Não lhe resta outra coisa a fazer senão pedir desculpas.
Pode significar também ‘do contrário’:
Coma tudo, senão ficará anêmico.
Já separado, se não transmite a ideia de condição:
Se não chover, faremos o churrasco.
A dica para escolher a forma certa é tentar substituir a expressão por caso não,
alterando o tempo verbal (do futuro do subjuntivo para o presente do
subjuntivo). Isso só funcionará se a expressão for condicional. Se a
troca não funcionar, a expressão deverá ser escrita em uma só palavra.
Vamos experimentar?
O que é isso senão / se não um jogo? => O que é isso caso não um jogo?
Ficou bom? Não, ‘não deu liga’ na frase. Nessa situação devemos, portanto, escrever senão, tudo junto: “O que é isso senão um jogo?”. Vejamos outro teste:
Se não/senão der para terminar a pesquisa hoje, marcaremos mais uma reunião. => Caso não dê para terminar a pesquisa hoje, marcaremos mais uma reunião.
A frase não perde o sentido quando trocamos o se pelo caso, por isso deverá ficar separado: Se não der para terminar a pesquisa hoje, marcaremos mais uma reunião.
ACERCA DE X HÁ CERCA DE
Acerca de significa ‘a respeito de’, ‘sobre’ e pode ser trocado por esses termos.
Ele fez a palestra acerca de DSTs. (Ele fez a palestra sobre/a respeito de DSTs.)
Há cerca de indica existência de algo e a ideia de quantidade aproximada e o verbo HÁ pode ser trocado pelo sinônimo EXISTIR.
Naquela sala, há cerca de trinta candidatos.
Naquela sala, existem cerca de trinta candidatos.
Convém
lembrar que o verbo HAVER, nesse sentido, é impessoal e não apresenta
sujeito, ficando sempre na 3ª pessoa do singular, enquanto que o
sinônimo EXISTIR tem sujeito e deve fazer a concordância com ele no
singular ou no plural.
AFIM X A FIM
Afim é um adjetivo que significa semelhante a, similar a, indica a presença de afinidade, como na frase:
A língua portuguesa é afim com a espanhola. (Ambas têm semelhanças.)
Já a expressão a fim (de) indica uma finalidade e pode ser trocada pela preposição para:
Estudamos muito a fim de obter bons resultados nos exames.
Estudamos muito para obter bons resultados nos exames
DEBAIXO X DE BAIXO
Junto, debaixo pode indicar posição ou condição inferior, podendo ser substituído por sob, como vemos nas frases:
Escondeu-se debaixo da mesa. (sob a mesa)
Vivem debaixo do mesmo teto. (sob o mesmo teto).
Separado, de baixo é usado em oposição a de cima:
A parte de baixo do biquíni tinha estampa diferente da parte de cima.
Na parte de baixo da estante ficavam as revistas, enquanto na de cima havia livros.
E para finalizar o artigo desta semana, não custa nada lembrar que as seguintes palavras são SEMPRE escritas SEPARADAMENTE: com certeza, de repente, por isso, a partir.
É isso! Até a próxima semana!
Margarida Moraes
é formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), onde também
concluiu seu mestrado. Além dos mais de 20 anos de experiência,
corretora do nosso sistema de correção de redação e responsável pela
resolução das apostila de Linguagens e Códigos do infoenem, a professora
também é colunista de gramática do nosso portal. Seus textos são
publicados todos os domingos. Não perca!
O Brasil é territorialmente dividido em seis biomas brasileiros e nosso estudo hoje vai se concentrar no Bioma Cerrado.
O
Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul em extensão
territorial, tendo uma área de mais de dois milhões de km², o que é
aproximadamente 22% do território nacional. Ele ocupa os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás e parte de Minas Gerais, Piauí e Maranhão.
O bioma tem como característica dois climas bem definidos durante o ano: um muito chuvoso e outro seco.
Por causa disso, sua vegetação tem algumas particularidades específicas
para se proteger da seca. Por exemplo, as raízes das árvores são
profundas, para que se consiga buscar água em solo profundo. As árvores
também tem galhos tortuosos, cascas duras e grossas e folhas cobertas de
pelos. O solo possui cor avermelhada, pH baixo e poucos nutrientes.
Apesar da estação de seca, o Cerrado abriga a nascente de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: São Francisco, Amazônica-Tocantins e Prata.
A
biodiversidade é alta na região. No Cerrado já foram catalogadas 11.627
espécies de plantas nativas, aproximadamente 200 espécies de mamíferos,
1.200 espécies de peixes, 180 espécies de répteis e 150 espécies de
anfíbios.
O maior problema ambiental encontrado no Cerrado é o desmatamento em função das atividades de agricultura e pecuária.
Estima-se que nos últimos 50 anos, a vegetação do Cerrado tenha
diminuído pela metade. Em contrapartida, o Cerrado tem grande
importância social e cultural.
Em breve, novos biomas brasileiros serão analisados. Acompanhe e bons estudos!
Filosofia no Enem: Conheça a Teoria Contratualista
Por Matheus Andrietta
loucosaber.blogspot.com
Na Filosofia Política há uma teoria conhecida como Contratualista,
da qual os filósofos Thomas Hobbes (1588 – 1679), John Locke (1632 –
1704) e Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) fazem parte. Neste artigo
veremos a ideia geral da teoria e nos próximos textos estudaremos cada
um desses filósofos em suas particularidades.
A ideia comum entre os três que caracteriza o contratualismo é a de que a origem do Estado está no contrato social. Para eles, toda sociedade passa por três etapas:
(1) estado de natureza -> (2) contrato social -> (3) estado civil organizado
O estado de natureza
é uma criação hipotética de cada contratualista que serve para imaginar
como seria o aspecto natural da sociedade, ou seja, a essência do ser
humano e como esses se relacionariam sem regras. Obviamente, toda teoria
contratualista precisa iniciar com uma hipótese para basear a teoria,
já que não é possível ter conhecimento empírico de uma sociedade
“pré-social”. Até porque, realmente, isso não existe, já que assim que
um ser humano nasce, ele já está inserido em um meio social, sendo o
primeiro contato o meio familiar.
A etapa dois
seria o momento em que os indivíduos firmariam um contrato social, ou
seja, delimitariam um conjunto de regras e normas sociais que todos
deveriam respeitar e seguir para conviverem em sociedade. Dependendo de
como cada filósofo define o estado de natureza, as razões que levam os
seres humanos a desenvolverem um pacto social são diferentes.
A etapa final
é a sociedade como a conhecemos, com um Estado e suas leis. Da mesma
forma, cada filósofo, dependendo de como desenvolve sua teoria
contratualista, terá uma análise diferente da sociedade, da ordem e das
normas sociais. Como a teoria é baseada em uma situação hipotética, não
há como se referir a elas como certas ou erradas, apenas cabe a nós
entender sua perspectiva de análise social. Como exemplo, veja aqui a aplicação desse conceito à análise de um tema contemporâneo: os linchamentos.