Advogado,
professor, teatrólogo e romancista, Ariano Vilar Suassuna costumeiramente é
considerado “o paraibano mais pernambucano” que se conhece.
Nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, em 16 de junho de 1927.
Nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, em 16 de junho de 1927.
Filho
de João Suassuna e de Rita de Cássia Vilar, Ariano tinha pouco mais de três
anos quando o seu pai foi assassinado na Paraíba, por conta das lutas políticas
que antecederam a Revolução de 1930 no Brasil.
Depois da morte do marido, Rita resolveu se
mudar com os nove filhos para Taperoá, cidadezinha do interior, onde o futuro
escritor passou a ter contato com o universo mágico que iria fazer parte de
suas obras.
Em 1942 a capital pernambucana entra na vida de Ariano Suassuna. O jovem paraibano está com a mãe e os irmãos morando no Recife e inicia seus estudos pré-universitários. Como muitos intelectuais da época, termina na Faculdade de Direito, onde faz amizade com escritores e artistas, como Hermilo Borba Filho, de quem se torna muito próximo.
Passa a escrever nos jornais recifenses e em 1943 publica sua
primeira peça, “Uma Mulher Vestida de Sol”, conquistando o prêmio “Nicolau
Carlos Magno”.
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Formado em Direito, a partir de 1950 passou a advogar e volta a
morar em Taperoá por motivos de saúde. No interior paraibano escreve a peça “Torturas
de um Coração. Dois anos depois está novamente no Recife, de onde praticamente
não sairia mais. Em 1955 publica “O Auto da Compadecida”, sua obra mais popular
até hoje.
A história engraçada protagonizada por João Grilo e Chico cairia
no gosto do grande público e receberia duas versões para o cinema: uma em 1969,
com direção de George Jonas, tendo Regina Duarte – a então namoradinha do
Brasil - e Armando Bogus como estrelas principais: a outra de 2000, dirigida
pelo pernambucano Guel Arraes (filho do ex-governador) e Shelton Melo vivendo
um dos principais personagens.
Ainda em 1962, o crítico Sábato Magaldi faz sua avaliação pelos
jornais: “O Auto da Compadecia é o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
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No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou
com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do
Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho
Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Em 1969 foi nomeado Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, ficando no cargo até 1974.
O escritor também foi Secretário de Educação e Cultura do Recife e Secretário de Cultura do Estado, sempre ligado a Miguel Arraes e ao seu neto, Eduardo Campos.
Ariano é doutor em História pela Universidade
Federal de Pernambuco e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, ensinando
Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura
Brasileira.
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Seu "Romance da Pedra do Reino e o Príncipe
do Sangue do Vai e Volta" publicado originalmente em 1971 teve a primeira
edição. Relançado somente em 2005 teve sua segunda edição esgotada em menos de
um mês, o que é uma coisa rara para um volume de quase 800 páginas.
Alguns consideram “Romance da Pedra do Reino”,
como a maior obra de Ariano.
O escritor construiu em São José do Belmonte,
no Sertão pernambucano, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas
de pedra, com 3,50 m
de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As
três primeiras são imagens de Jesus Crito, Nossa Senhora e São José, este o
padroeiro do município. No local ocorre todos os anos uma cavalgada inspirada
no romance A Pedra do Reino.
Recentemente, numa entrevista a TV Globo, Ariano Suassuna deve ter surpreendido alguns intelectualoides. Ele fez rasgados elogios à novela "Lado a Lado", que estava em seus últimos capítulos. Disse que há tempos não se escrevia história tão boa para a televisão e admitiu que o folhetim deixaria saudades.
(Fontes consultadas: biografias do escritor na Academia Brasileira de Letras e no site UOL Educação).
Recentemente, numa entrevista a TV Globo, Ariano Suassuna deve ter surpreendido alguns intelectualoides. Ele fez rasgados elogios à novela "Lado a Lado", que estava em seus últimos capítulos. Disse que há tempos não se escrevia história tão boa para a televisão e admitiu que o folhetim deixaria saudades.
(Fontes consultadas: biografias do escritor na Academia Brasileira de Letras e no site UOL Educação).
Do blog: http://robertoalmeidacsc.blogspot.com.br/2013/03/ariano-suassuna-escritores-brasileiros.html
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