Redação Enem: Passo a Passo Para Proposta de Intervenção
No último artigo sobre Proposta de Intervenção, foi definido esse termo, assim como “Direitos Humanos”. Acesse-o aqui caso precise relembrar esses conceitos, pois precisaremos deles para prosseguir.
Nosso objetivo hoje é entender como a pontuação é dada na Competência 5
da redação do Enem, a qual avalia a aplicação da proposta de
intervenção na dissertação. Para isso, vamos primeiramente recorrer ao Guia do Participante 2013
(a última versão atualizada), disponibilizado pelo Inep (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), que trata da Redação no
Enem.
O quadro abaixo discrimina cada nível de pontuação dada na
avaliação da proposta de intervenção. Podemos reparar que a pontuação
mais alta exige detalhamento, enquanto que as mais baixas ocorrem se a
proposta não está ligada à discussão dada no texto e/ou ao tema, ou se a
proposta estiver vaga, abstrata (o que é o extremo oposto de estar
detalhada).
Por
isso, é importante que ao elaborarmos a proposta de intervenção,
seguimos passo-a-passo respondendo às cinco questões a seguir, em busca
da não abstração e do detalhamento.
- A proposta encontra-se explícita no texto? Ou seja, é fácil de identificá-la?
- A proposta está descrita na forma de uma ação?
- A proposta é viável? Ou seja, é possível realmente aplicá-la ou ela é utópica?
- Como ela será realizada? Ou seja, quais são os meios para ela se realizar? (Quem será responsável por aplicar essa ação? Quando e onde ela pode ser aplicada? Necessita de recursos, como financeiros, materiais, humanos etc?)
- A proposta soluciona ou ameniza o problema apresentado e discutido na argumentação do texto?
Ao
responder essas questões, a proposta de intervenção torna-se explícita,
viável, detalhada e relacionada à discussão, que são os pontos
principais para alcançar a nota máxima na Competência 5 do Enem.
Repare
que “criatividade” não é algo exigido nessa competência. Por isso, não
se sinta propenso a receber um Prêmio Nobel por sua proposta de
intervenção. Ela não precisa ser super inovadora. Mais importante do que
isso é que seja viável, concreta, aplicável. Por
exemplo, evite propor “conscientização das pessoas”, “atitudes
sustentáveis”, “palestras para a comunidade” e outras coisas assim,
dadas vagamente. Questione-se: como conscientizar? Quais atitudes
sustentáveis? Cabe a quem realizá-las? Se a população não realiza, como
incentivar? Leis ajudam? Palestras atingem esse determinado público
alvo? As pessoas procuram por isso?
Outro detalhe que merece atenção é sobre a divisão dos poderes quanto aos órgãos municipais, estaduais e federais.
Antes de propor uma ação do “governo”, pense em qual esfera essa
determinada atividade tem como responsável: prefeituras, governos
estaduais ou a União? E mais: também tem a divisão dos poderes em
legislativo, executivo e judiciário. Portanto, não adianta propor que um
presidente faça uma lei, por exemplo, já que presidência é cargo
executivo e criação de leis cabe ao legislativo.
Tudo isso é fundamental para que sua proposta de intervenção obtenha pontuação 200 e você esteja ainda mais perto da sonhada nota 1000 na redação! Aproveite as dicas de hoje para colocá-las em prática treinando muito para o Enem!
Fonte: https://www.infoenem.com.br/redacao-enem-passo-a-passo-para-proposta-de-intervencao/
Acesso em 03 de julho de 2015 (adaptado).